Lisboa recebeu as celebrações dos 800 anos da independência nacional e dos 300 da Restauração.
A Exposição do Mundo Português, que teve lugar em 1940 na zona de Belém, em Lisboa, foi uma das maiores exposições organizadas no nosso país e apenas a Expo 98, se pode comparar em termos de dimensão com dedicação aos Oceanos, para Lisboa voltar a ver algo do género
A exposição abriu as portas, em plena segunda guerra mundial, no dia 23 de Julho de 1940 e foi aproveitada pelo regime como um grande espaço de divulgação da história do país e também de propaganda do Estado Novo.
Foi visitado por cerca de 3 milhões de pessoas. A maioria foram portugueses, mas por lá passaram também muitos estrangeiros, sendo um grande número deles refugiados de guerra.
Tratou-se de uma mostra com vários espaços dedicados a temas como a história de Portugal, as colónias e a etnografia.
Para divulgar a ação do Estado Novo existia também um bairro comercial e industrial, um pavilhão das telecomunicações e outro do caminho-de-ferro.
A quase totalidade das construções e monumentos erigidos para a exposição foram demolidos após o seu encerramento em Dezembro de 1940. Nos dias de hoje sobrevivem o edifício do Museu de Arte Popular e a Praça do Império.
O Padrão dos Descobrimentos, em honra do Infante D. Henrique, também nasceu nessa época, mas como uma construção efémera. Desmontado em 1958 seria reconstruído, já em betão e pedra, dois anos depois, por altura da evocação dos 500 anos da morte do Infante.
A maioria das construções em Belém foram efémeras, mas Padrão dos Descobrimentos renasceu em 1960
Na primeira página do jornal de 23 de junho de 1940 vinha uma mensagem de Adolf Hitler dirigida ao marechal Óscar Carmona, presidente da República: “Envio a Vossa Excelência, por ocasião do duplo centenário, as minhas maiores felicitações e os meus sinceros votos pelo seu bem-estar e longas prosperidades da República Portuguesa.” Ora, o duplo centenário era o da independência nacional e o da Restauração de 1640 que o regime liderado por Carmona e António de Oliveira Salazar, chefe do governo, aproveitou para organizar uma Exposição do Mundo Português, festejo único numa Europa então em guerra. Na mesma edição era referido o armistício entre a França e a Alemanha, uma derrota humilhante para os franceses e sinal de que o III Reich estava a passos largos a dominar o continente (acabou derrotado em 1945). Localizada na zona de Belém, a Exposição celebrou oito séculos de história nacional e também o império, que na época ia do Minho a Timor. O evento durou até 2 de Dezembro de 1940
Reprodução de fotografia – construção da Esfera dos Descobrimentos. Arquitetos responsáveis: Cottinelli Telmo e Pardal Monteiro. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão dos Descobrimentos. Arquiteto responsável: Pardal Monteiro. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão dos Descobrimentos. Arquiteto responsável: Pardal Monteiro. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Centro Regional Vida Popular. Arquitetos responsáveis: Veloso Reis e João Simões. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção de pavilhão. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção de pavilhão. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão de Honra e de Lisboa. Arquiteto responsável: Cristino da Silva. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão da Independência, Porta das três ogivas, Pavilhão dos Descobrimentos e Esfera dos Descobrimentos. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão da Fundação de Portugal. Arquiteto responsável: Rodrigues Lima. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão de Honra e de Lisboa. Arquiteto responsável: Cristino da Silva. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão da Fundação. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Centro Regional Vida Popular. Arquitetos responsáveis: Veloso Reis e João Simões. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção de pavilhões. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão de Honra e de Lisboa. Arquiteto responsável: Cristino da Silva. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção da Esfera dos Descobrimentos. Arquitetos responsáveis: Cottinelli Telmo e Pardal Monteiro. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção da Esfera dos Descobrimentos. Arquitetos responsáveis: Cottinelli Telmo e Pardal Monteiro. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão dos Portugueses no Mundo. Arquiteto responsável: Cottinelli Telmo. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção de pavilhão. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção de pavilhões para a exposição. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.
Reprodução de fotografia – construção do Centro Regional. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – Centro Regional? Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção do Pavilhão da Formação e Conquista. Arquiteto responsável: Rodrigues Lima. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – Aldeia Indígena, com vista para o Pavilhão da Guiné, em segundo plano à esquerda. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – construção dos pavilhões do núcleo de Arte Popular. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939.Reprodução de fotografia – Casa Portuguesa para as Colónias. Secção Colonial. Arquiteto responsável: Vasco Regaleira. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1939
A GRANDE EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS (1940)
Uma rara cópia de um magnífico documentário realizado por António Lopes Ribeiro sobre a Exposição do Mundo Português que decorreu em Lisboa, na zona de Belém, de 23 de Junho a 2 de Dezembro de 1940. O objectivo deste evento foi de comemorar a Fundação do Estado Português (1140) e, em simultâneo, a Restauração da Independência (1640). Infelizmente, e para que houvesse espaço para a exposição, no final dos anos 30 toda a área foi alvo de uma profunda intervenção . Ocorreram grandes demolições no centro histórico de Belém; desapareceram quarteirões inteiros, largos, feiras, jardins, fábricas, lojas de pequeno comércio, assim como o Mercado de Belém. Da exposição em si pouco chegou até aos nossos dias, uma vez que a maioria das construções foi feita utilizando propositadamente materiais frágeis, nomeadamente gesso, com o intuito de serem demolidas após o término do evento. Inclusivé o Padrão dos Descobrimentos que hoje existe é uma reconstrução que data de 1960 (o original, que surge nestas imagens, foi construído com base numa frágil estrutura de aço). Tenha-se ou não simpatia pelo regime da época, são memórias que interessa preservar. E é bom sentir um pouco de orgulho em ser Português, um país tão desmoralizado e sem rumo nos dias de hoje… NOTA: para os mais interessados, estão disponíveis online várias digitalizações de fotografias sobre esta exposição pertencentes à Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian. As imagens são de excelente qualidade e podem ser visitadas nestes links (merece bem a pena):
Lisboa recebeu as celebrações dos 800 anos da independência nacional e dos 300 da Restauração.
A Exposição do Mundo Português, que teve lugar em 1940 na zona de Belém, em Lisboa, foi uma das maiores exposições organizadas no nosso país e apenas a Expo 98, se pode comparar em termos de dimensão com dedicaçao aos Oceanos, para Lisboa voltar a ver algo do género
A exposição abriu as portas, em plena segunda guerra mundial, no dia 23 de Julho de 1940 e foi aproveitada pelo regime como um grande espaço de divulgação da história do país e também de propaganda do Estado Novo.
Foi visitado por cerca de 3 milhões de pessoas. A maioria foram portugueses, mas por lá passaram também muitos estrangeiros, sendo um grande número deles refugiados de guerra.
Tratou-se de uma mostra com vários espaços dedicados a temas como a história de Portugal, as colónias e a…